Filix Jair
30.7.07
 
ôco
filixjair@gmail.com

passarinho do bico danado
faz sua morada no ôco do pau

quem diz (é claro...) é Jackson, como sempre: toque no taque da dicção precisa ("verifiquem as passagens pelas letras 'r': é aí que língua lubrifica, ou seja"). Nada a declarar na tarde de hoje, uma a mais em milhões de anos antes do previsível 'break' – mas não me importo. "Bodó-congó" – eu fui feliz ali [Jackson, mais uma vez]. A vida era boa porque era ritmada – será hoje não mais? Entre ritmos e rimas de um poema, as últimas ficaram para trás, juntamente com a métrica-velha, velha-métrica do caralho ["regras, regras"]; os primeiros não são aquelas velhas-m, m-velhas: há imensas diferenças aqui, referentes à entrada dos tambores africanos na discussão ["entrada de responsa, sabemos"]. "N'A discussão", ou seja: diretamente nos mil tópicos; ou seja, em "tudo ou quase tudo". Daí que, pela extensão do tema, é que se deve respeitar o ritmo, em detrimento da v-m. Rimar, se quisermos, servirá para facilitar o canto na presença das vogais, deliciosas de entoar na voz – será por isso, enfim. O interesse aqui – já se viu, por certo – é "o caso da palavra musicada em canto", área na qual são inúmeros os mestres [Jackson, um caso, mas dos maiores]: há muitos por aí, e só faço admirar, que isso muito me agrada no dia a dia. "Antes que..." Chega de contagens à tôa – registro aqui também "Richie Havens", não se deve esquecê-lo pois passa sempre aqui ao lado ("de lá, dela") em ondas boas de voz e um incrível ritmo-viol em que predomina o polegar atravessado ao braço do instrumento de cordas. "Sim" – falta agora imaginação, mas sobra ritmo e pulso e foi assim que isto foi impresso nesta tarde como outra qualquer. "Um dia..." – o ritmo do c'ôco.


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